quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Prana sharira


E a energia vai e volta e pula e cansa-se a si mesma na suas danças e contradanças. Se há música? Apenas aquela que a própria energia traz dentro de si. Junto com a sua cor e com as suas formas, o som genuíno de todos os seus passos é a música que a alma toca.
Vitalidade, cor, energia, feixes de luz.
Luz é motivação, aqui.
Não é sabedoria, senão perpétuo movimento, quase ziguezagueante em tempos mais agitados (alegria? ansiedade?) quase apagado em alturas de tristeza (vazio? saudade?).
Brilha...apaga-se e vira luz de pirilampo, quando se cansa e sente que o mundo não está para dançarias.
Mas continua sempre em nós, para nos lembrar que...não apenas o que se vê impele o movimento à vida.

Sophia (Vital)

Workshop - novidades

Caros Amigos, actores, companheiros, trovadores, chocarreiros, jograis e malabaristas :))

Falei com a Marta e ficámos acertados para o dia de Sábado a partir das 15 horas.

Pensámos que uma das opções para o jantar seria cada um de nós levar uma parte do farnel global. Como tal (para evitar uma loucura de bolos e de doces conventuais) será oportuno cada um de nós levar um tipo diferente de iguaria (ou doce ou bebida ou...). Da minha parte tava a pensar levar uma quiche de legumes.

Deixem as vossas sugestões.

Abraços!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Breve História e Carácter das personagens

Corpo: o corpo tem modos simples e terrenos: comer é um prazer delicioso, dormir uma oportunidade de sonho. De poucas palavras e de ideias concretas acredita que a vida é pouco preocupante quando o estômago não reclama. Partidário da inércia, entra com frequência em conflito com o vital, embora saiba que não possa viver sem ele. O seu peso tem vindo a ser vigiado.

Vital: energia é a palavra-chave desta personagem. Dinâmica, irreverente e electrizante a figura do vital detesta pequenos espaços e deseja sempre o movimento. Desde a infância o seu comportamento destaca-se pela hiperactividade. Pueril e irrequieta como uma criança, por vezes é dirigida por outros veiculos. O seu maior sonho é praticar o pentatlo (Gr. péntathlon) moderno. O seu maior pesadelo é ser encarcerada numa prisão do médio-oriente.

Emocional: espontânea e divertida a personagem do emocional exterioriza o que sente com facilidade. Atenta aos sinais sociais gosta não só de mostrar uma imagem positiva de si mesma como também ser com frequência o centro das atenções. Apaixonada pelas pequenas coisas da vida é capaz de se alegrar quando um dente-de-leão entra pela manhã em sua casa. Numa altura da sua vida atravessou um processo de depressão, julgando-se como menos capaz em alcançar determinadas exigências profissionais. Nessa altura foi persistentemente invadida por medos de fracasso.

Mente: estratega, racional e cerebral por natureza, esta mente não quer fazer nada sem pensar duas vezes no que diz ou no que faz. Observando muitas vezes o mundo como mais ameaçador do que é, acredita que tem de saber escavar as melhores trincheiras e descobrir as melhores armas de arremesso. Embora tenha um apurado instinto de auto-preservação, também tens excelentes ferramentas de imaginação e de intelecto. Os seus interesses intelectuais são variadíssimos. Ultimamente tem-se dedicado ao estudo da mitologia grega, sendo os seus deuses favoritos Zeus e Apolo.

Alma: a alma apresenta-se usualmente como circunspecta e tem uma tendência para a introspecção. Há quem julgue que a alma pareça uma entidade pouco acessível, no entanto, em certas ocasiões a vida exterior também lhe desperta interesse, provocando intervir em tudo o que pode. Quando é rejeitada recolhe-se e espera pacientemente por se manifestar. No entanto, mesmo nessas alturas não deixa de ser insinuante. Por ter grandes dificuldades em se definir a si própria, usa normalmente um estilo poético e metafórico quando fala de si.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Momento III (proposta1)

Alma: Basta! Tu só me confundes mais e mais… Os teus pensamentos são como ventos inconstantes que arrastam caprichosamente um barco errante pelas águas! Quero explorar horizontes mais extensos, sinto que há outras travessias…

Emocional: Mas que desagradável esta situação… porque estamos tão divididos? Temos lá culpa disso? Eh? Que o mundo seja cruel e injusto? O que podemos fazer mais? Não tem chegado o que fazemos… e o que temos recebido em troca? Somos tão pouco amados… tão pouco reconhecidos…

Alma:
Esperem… Parece que vejo algo por detrás daquela fronteira…

Emocional:
Que loucura! Tu sabes lá o que te espera ali? É lugar sombrio e desolado…para onde vais insensato? Não nos deixes sós e desamparados… o que seremos nós sem ti… o que tu serás sem nós?

Alma: Libertem-me…

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Momento II (proposta1 - revista e ampliada)

(Actualizada dia 22 de Fevereiro)

Mente(Kama Manas): Oh estará apaixonado?!

Emocional (Linga Sharira): Apaixonado! Apaixonado!...

Alma: Não, não creio que seja isso… É outra coisa diferente…

Corpo (Stula Sharira): Não olhes para mim! Não tenho disposição para poesias… xiça dormi tão mal hoje, minhas costas precisam de almofadas mais macias…Quando posso comer algo de jeito? Não tarda vem o almoço… Tenho fome!

Vital (Prana Sharira): Energia! Energia! Precisamos procurar melhor dormida! Energia! Energia! Precisamos encontrar melhor comida!

Emocional: Ai o amor é tão bonito! Quando me sinto apaixonada é como estivesse a subir uma escada de nuvens até chegar ao fim do céu! Depois salto sem medo atravesso uma espuma de estrelas e caio numa formação de aves migratórias que me levam a viajar por mundos desconhecidos!

Vital: Paixão é energia boa…

Mente: Pois está claro! Vamos já montar a melhor estratégia! Sabemos bem como elas gostam dos nossos títulos e benefícios, prantos e encantos! Primeiro levamos os sorrisos, a seguir vêm os versos delirantes e por fim as flores vermelhas! Mas…mas quem é a felizarda desta vez?

Alma: Ninguém… sinto apenas comigo próprio uma insatisfação indefinida, uma experiência vaga de sensações…

Mente: Insatisfação! Tédio! Um sentimento humano: estado de falta de ânimo, enfado, aborrecimento, enfim falta de coisas interessantes para se fazerem… Vejamos… que tal escrever um pouco? Somos letrados brilhantes, editámos dez teses, ganhámos o prémio de melhor romance-filosófico!

Corpo/Vital/Emocional: (palminhas)

Emocional: Sabe tão bem sermos reconhecidos!

Alma: Recebi bocas pródigas em elogios e nenhuma palavra guardo agora para me esclarecer… De que servem os diplomas senão para emoldurar o próprio orgulho?

Corpo: Também não servem para encher a barriga…

Mente: Meu deus… mas porque sentimos agora estas coisas?? A vida é para se ser vivida mais relaxadamente e com satisfação! Fazer aquilo que nos dá mais gozo, explorar os melhores estímulos, viver o momento… já há tantos problemas no mundo! Se formos a complicar tudo… Meus amigos juntem-se a mim: há quanto tempo não dançamos? (um comboio ou uma roda, um tango entre a mente e o emocional…)

Alma: Bravo! Muito bem! (aplaudindo) Mas por que não usarmos todo esse entusiasmo para ajudar também? Já recebemos tanto nesta vida, não devia ser agora a nossa vez de dar mais? Há tanta miséria, tristeza e ignorância onde vivemos…

Vital: Energia para o mundo!

Mente: Mas o que queres fazer? Ir para a barbárie e deixar tudo para trás? Não seremos mais úteis naquilo que fazemos aqui? Repara, as coisas são como são e seguem a sua ordem natural. Cada um com os seus cadilhos. Além disso, há pessoas e instituições que se ocupam com mais eficácia desses problemas.

Momento I (proposta1)

Momento I
(Passando sombras ao fundo…)

(Uma mulher-sombra carregando uma ânfora…)

Alma (Self, Ser, …): Viram? Viram ainda agora? Que forma espantosa… dir-se-ia que era alguém como nós… mas tinha um objecto gracioso e ondulado na cabeça, com duas asas tão simétricas e delicadas!... Oh! Já desapareceu… ultimamente duram tão pouco…

Para onde irão aquelas formas? Desde que nasci esta é a única casa que conheci e debaixo dos meus pés… o único espaço que já pisei. De que serão feitas aquelas formas? Quando me contemplo vejo esta matéria densa e firme… como a rocha deste lugar! (são apresentados os 4 veículos sequencialmente…) Dentro de mim há também um formigueiro, uma força irrequieta que se agita…mas também sinto coisas: umas vezes estou apagado, sem chama, e outras vivo e fulgurante como uma fogueira! E por fim, penso, penso nestas e noutras assuntos… equipara-se a uma voz que fala na minha cabeça...

(Uma roda de sombras brincando…)

Alma: Vejam! Vejam ali! Que alegre configuração! (risos)

Porém… ultimamente tenho sido visitado por uma outra voz: é um murmúrio cujo eco parece mais fundo que esta caverna, depois sinto uma vertigem à beira de um declive infinito e há também um ardor no peito, mas que não queima…

WORKSHOP I

Companheiros:

As possibilidades de Horário para o Workshop (nível 0) são as seguintes:

Sábado: 15h-17h/intervalo/17:30-19:30/jantar/21h-23h

Ou

Sábado: 15h-17h/17:30h-19:30h
Domingo:
10h-13h

Programa a trabalhar:

- Concentração
- Respiração
- "Voz"
- Conhecer o corpo
- Eu e o Outro
- Eu e os Outros
- (...)

Este é um programa de trabalho básico de predisposição teatral (e mais do que isso) que visa não só a um maior conhecimento das potencialidades do corpo, como também a ampliação da coesão e dinâmica do grupo. Posteriormente, se assim o desejarmos, poderemos experimentar os próximos níveis de trabalho mais avançados.

Solicito à malta que deixe aqui a preferencia de horário de modo a chegarmos a um consenso global.

hasta!



É com muito agrado que vejo este projecto a ganhar pernas, dar saltos de vontade e pulos de alegria! A arte é um dos bons intrumentos do mundo sensivel (tas a ver Platão?) para chegar ao ser interior. Embarquemos entao nesta viagem ao Espirito empurrados pelos sopros do teatro e da literatura! Encontrar, desvelar, recordar, dar a conhecer...


Carlos Sofia