sábado, 5 de dezembro de 2009

Novos Mundos



Mythos espera por Novos Mundos, de inspiração. Em partilha, em grupo.
Que a inspiração venha, e que a Luz que costuma alumiar as almas...motivá-las a criar novos brilhos em olhares alheios, derrame um dos seus raios sobre nós.
De volta ao trabalho, com a vontade de sempre, com o empenho de sempre e com sonhos de antigamente a virem ao de cima.
Vividos no palco. Sonhados em nós.


Sophia

domingo, 29 de novembro de 2009

Parabéns, peça nascida, magia criada em palco

E estamos todos de parabéns, a criança nasceu, directamente dos nossos palcos e da nossa presença em palco...em sintonia.
Aplaudida de pé?
Sim, foi-o depois de ter vindo ao mundo. E ficou à espera de mais sorrisos nas bocas do público: os que lhe acalentaram o coração depois de todo o trabalho de parto. 
Cada um dos actores, autores, escritores, encenadores ou apoiantes aplaudiram-na em silêncio nos peitos, como se o coração soubesse -com o bater mais pleno e acelerado de felicidade- bater palmas também.
Bateu. E a criança sorriu ao ver - de frente - a gente para quem ela se destinou.
Adormeceu agora, passou ao mundo dos Sonhos outra vez, e espera por um novo retorno...

Que continue a querer vir ao nosso mundo.
Sophia

quarta-feira, 11 de novembro de 2009



Quando o trabalho e a vontade se conjugam, há ideias que vêm... em brainstorming.


Porque tempestades que nos fazem chegar a bons portos...

Esperamos por todos lá!


Sophia




segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"À Noite num Museu..." - Estreia 19 de Novembro

O Grupo Teatral Mythos entrou novamente em cena com a novíssima estreia de "À Noite num Museu":

Esta peça relata-nos a visão de Maria Sofia que trabalha como técnica de limpeza num museu de História das Civilizações Antigas em França. Filha de uma família portuguesa de modestos rendimentos não teve grandes oportunidades de frequentar um ensino adequado. No entanto, de espírito curioso e agudo, Maria Sofia sempre se revelou como uma rapariguinha entusiasmada em aprender, de modo que apenas escolhe trabalhar em locais de cultura como museus ou escolas - "um dia ganharei dinheiro suficiente para continuar a estudar" - costuma dizer. Até lá apresenta-se como uma autodidacta, aproveitando as horas de fecho do Museu onde trabalha para ler e pensar sobre todas as informações, inscrições ou explicações que encontra ao longo de corredores... No entanto, é precisamente neste último museu que encontrará as mais vivas e misteriosas peças de arte com que alguma vez sonhou...


"À Noite num museu" é uma história arrepiante e hilariante, educativa e instrutiva, combinando a mais séria mensagem com a graciosidade teatral, ao verdadeiro estilo de "filosofia com humor" já apanágio criativo do grupo Mythos.



Ficha Técnica:
Elenco: Ana, Cátia, Carlos, Laura, Íris e Denise
Realização: Cátia e Carlos
Produção: Cátia, José e Françoise
Texto/Argumento: Carlos (sancionado por Mythos)
Banda Sonora: Cátia
Iluminação: Cátia e Denise
Apoios: membros acropolitanos
Apreciação Crítica: José Ramos e Françoise Terseur


Estreia Dia: 19 de Novembro, Hora: 21horas; Local: Nova Acrópole de Coimbra

Para mais informações enviar mail

CarloS.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

"Deus quer, o homem sonha e a obra nasce."


Será a arte sonho plasmado em formas?

Formas condensadas, constantemente mordidas pelos sentidos.
Formas integradas na sua fragilidade, comovendo a força das imagens.

E afirmamos...
um ideal foi tocado para dar substância à razão...
há sentimentos só traduzidos por criaturas de abraços...
foram as pedras que deram o nome a este espaço...
que bela é a fugacidade desta imagem, só as cores lhe cabem!

A expressão do sonho é uma necessidade: a vida teve de sonhar primeiro para compor a natureza.

.

Será a arte uma transfiguração da realidade comum?

A realidade como obra de arte criativa.
A criatividade para obras de realidade.

Peguei no tecido da tua pele para me tapar.


CarloS.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Revivificando o Blog, e o grupo de Teatro Mythos.



Toda a arte se interliga. Arte, é um sítio (sítio? sim) que abarca o inesperado...descobertas científicas? Também. Fazer arte é deixar que a inspiração tome conta das mãos, dos pés, das imagens (memórias ou promessas do que temos dentro), da voz, dos olhos e dos ouvidos.
Faz Arte, não quem é artista, mas quem se entrega a Ela - qual artista - com entrega, com devoção, com Vontade. As vocações diferem entre as pessoas chamadas pelo mundo artístico, é certo, mas todos eles se apaixonaram pelo mesmo...e todos eles vivem, convivem e respiram nesse mesmo sítio que faz o mundo girar, com o seu condão mágico e realista.
Por cá, tentamos ser artistas quotidianos: ver os milagres da vida como obras de arte (do Criador e das criaturas).
Sempre, sempre a persistir cá está o grupo de teatro Mythos. E como todas as formas de arte se interligam, não falaremos apenas de nós neste espaço. Mas de todos aqueles que comungam connosco a Vontade de fazer o viver a vida...uma arte.
É benvindo a colaborar, quem quiser.
Ou sentir que é um caminho...
Porque "o caminho, não é o que temos debaixo dos pés, mas o que está dentro do nosso coração" (José Carlos Fernandéz, Director Nacional da Nova Acrópole)


Sophia

Façamos os milagres virarem sempre milagres

“A monotonia é a repetição do mesmo milagre. A alma é tão ávida e exigente de maravilhoso que não consente a demora do mesmo prodígio, do mesmo assombro. A luz que nos deslumbra, neste momento, horas depois, deixa-nos às escuras.”

Teixeira de Pascoaes

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Eva Yerbabuena - Ballet Flamenco

"Mis orígenes son el amor en la más pura soledad. Quiero decir con esto que no creo en el amor maravilloso, sino en aquel que te hace conocer partes de tu esencia que ni siquiera sabías que existían, partes de tu esencia que conoces a través del dolor que provoca esa forma de pureza que llamamos desamor (melancolia). Esto no es una queja, porque estoy segura de que el sufrimiento es un paso hacia el éxito, aunque el éxito no sea lo que más me importa en este momento, aunque el éxito no sea lo que más me haya importado en ningún otro instante."

"Quiero sumergime en un profundo y silencioso viaje, donde el miedo no impida que cierre los ojos, huela los recuerdos hasta calarme de vida y amansar el placer que, ausente de emoción, puedo degustar en este presente que vivo."
Eva Yerbabuena
"Lluvia" - Madrid 2009
CarloS.

A ver/ler

http://tcsb.aescoladanoite.pt/

sexta-feira, 27 de março de 2009

"O MITO DA CAVERNA" - Estreia 21 de Março


O grupo teatral "Mithos" teve a honra e a alegria de apresentar não só a sua estreia, como também da peça intitulada o "Mito da Caverna" na Festa da Primavera, Associação Cultural NA, Lisboa.

O "Mito da Caverna" do grupo teatral Mithos é uma adaptação do célebre Mito da Caverna de Platão. Neste mito transmite-se, de uma forma alegórica, as possibilidades de libertação última do homem enquanto Ser. A passagem encontra-se deslizando os membros pelos agrilhões que nos retêm a um mundo ilusório de sombras, para enfim alcançar um universo mais amplo e genuíno de luz e de bem-aventurança. Nesta adaptação ao original associou-se ainda a natureza multidimensional do homem, confrontado nas suas multiplas dimensões mental, emocional, vital e fisica.
O "Mito da Caverna" do grupo teatral Mithos é um espectáculo reflexivo, provocante, dinâmico e com um leve toque de humor.

Elenco: Cátia, Carlos, Jorge, Laura e Marta
Realização: Grupo Teatral Mithos
Produção: João, José Ramos e Françoise Terseur
Assistentes de Produção: Manuela e Carla
Texto/Argumento: Carlos (revisto por Mithos)
Iluminação: João
"Special Effects": João
Banda Sonora: César
Apreciação Crítica: José Ramos e Françoise Terseur
Apoios: Raquel Cajão

Inspirado na obra: "A República" de Platão


Carlo S.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Evoé Diónisos!

"Quando será que dançarei toda a noite
de pés descalços, em êxtase,
lançando para trás o colo,
para o ar orvalhado,
como um gamo que folga
na verde alegria do prado,
quando escapou da caça perigosa,
liberto do aro vigilante,
passadas as bem tecidas redes,
e quando o caçador, com seus gritos
faz estugar o passo dos mastins?
Em correrias esforçadas e em velozes
rajadas galopa pela planura
à beira rio, sorvendo o prazer
dos lugares desertos de homens e de rebentos
de umbrosas folhas de floresta."

As Bacantes - Eurípides

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sugestões de Nomes para o Grupo Teatral

Amigos!

Necessitamos de escolher um nome até dia 13!

Em companhia da Cátia, há uns meses, listámos as seguintes sugestões:

Da Filosofia Grega/Romana: Ataraxia; Catarxis; Icon; Quimera; Pegasus; Viet Lux; Fenix; Cronos; Helios; Oniro; Ícaro; Eos; Mithos; Helicon; Eros; Areté

Da Filosofia Oriental: Dhyana; Dharana; Mnésis; Gyon; Sattva; Akasha

Recentemente, devido ao trabalho desenvolvido pela Ana sobre máscaras surgiram as seguintes sugestões: maschera do italiano ou mákara do sânscrito.

Seleccionem os 5 nomes que mais gostaram ou sugiram outros!

Façam já as vossas votações!

Calendário

Caríssimos:

Enquanto tivemos na escola chegámos a algumas conclusões para as seguintes marcações:

Domingo
18h00: Ensaio
21h30: Apresentação da peça clássica "As Bacantes" de Eurípedes no Teatro da Cerca. (tou a pensar em ir a este espectáculo e lanço o convite pa todos - digam-me algo para marcações!)

Terça-feira, 10
19h00: pedimos ao José que nao fossem dadas aulas para a malta do teatro e a resposta foi favorável. Será um ensaio de carácter geral, em que teremos já o início da montagem não só do cenário, como também da iluminação a cargo do nosso colega João. Solicito que levemos prontamente as roupas.

Sábado, 14
Tarde: a Laura sugeriu um ensaio para a tarde na NA ou então na casa dos pais da Marta.


hasta la vista, babies!

terça-feira, 3 de março de 2009

Aprendendo


Os vários gestos, linguagens e formas de falar que usamos diariamente (inadvertidamente) - mesmo os mais subtis- têm lugar de destaque em palco. , são aumentados e promovidos...têm relevo e importância: porque são pura comunicação.

Qual mimos, damos conta de como a cara se comporta na genuinidade e na imitação. (...quando improvisar é imitar-nos a nós mesmos)...
Apercebemo-nos de como é importante dar-se voz a personagens, sem imitar algo que está externo a nós (na nossa imaginação) e a cuja ideia temos de ser fiéis. Mas que está ,sim...bem cá dentro.

.
Actuar, mais do que simulação, é expressão...de algo que vamos sentindo, porque simplesmente vamos imaginando que "sim, é real" (não sempre, nem sempre, mas é).
.
É encontrar dentro de nós as personagens e deixar que elas saiam, com o instrumento do nosso corpo, da nossa presença.
É saber como os s's, os r's, os x's, as palavras poderão chegar melhor ao ouvido do público.
É dar a conhecer a personagem que passamos a ser, em palco. Apresentar o cenário, o texto, os sentimentos que voam e se criam (de uma forma limpa em cena)...ao público.
Mas também aos outros que partilham o palco connosco.
É fazer magia.

Para que serve aprender-se a improvisar?

A falar? A colocar a voz?

A dar-se com os parceiros de peça, como se todos nós fossemos instrumentos vitais de uma orquestra? A abraçá-los, a vê-los e a senti-los mais próximos?

Para expressar, para crescer...para criar e enlaçar o grupo com fios invisiveis de união, que levem o conjunto (porque o conjunto assim o quer) aonde o sonho aponta.


Ps: "Tagarelaremos" mais vezes juntos, certamente. E que as Saias Cinzentas da Senhorita Sara se mostrem mais por cá...
"Lá vai uma, la vao duas" vezes que o texto foi todo ensaiado, mesmo com as moscas todas que estavam lá ao início. Vamos no bom caminho. E esse? Faz-se caminhando.
Gosto de caminhar convosco.
.
Sophia

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Prana sharira


E a energia vai e volta e pula e cansa-se a si mesma na suas danças e contradanças. Se há música? Apenas aquela que a própria energia traz dentro de si. Junto com a sua cor e com as suas formas, o som genuíno de todos os seus passos é a música que a alma toca.
Vitalidade, cor, energia, feixes de luz.
Luz é motivação, aqui.
Não é sabedoria, senão perpétuo movimento, quase ziguezagueante em tempos mais agitados (alegria? ansiedade?) quase apagado em alturas de tristeza (vazio? saudade?).
Brilha...apaga-se e vira luz de pirilampo, quando se cansa e sente que o mundo não está para dançarias.
Mas continua sempre em nós, para nos lembrar que...não apenas o que se vê impele o movimento à vida.

Sophia (Vital)

Workshop - novidades

Caros Amigos, actores, companheiros, trovadores, chocarreiros, jograis e malabaristas :))

Falei com a Marta e ficámos acertados para o dia de Sábado a partir das 15 horas.

Pensámos que uma das opções para o jantar seria cada um de nós levar uma parte do farnel global. Como tal (para evitar uma loucura de bolos e de doces conventuais) será oportuno cada um de nós levar um tipo diferente de iguaria (ou doce ou bebida ou...). Da minha parte tava a pensar levar uma quiche de legumes.

Deixem as vossas sugestões.

Abraços!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Breve História e Carácter das personagens

Corpo: o corpo tem modos simples e terrenos: comer é um prazer delicioso, dormir uma oportunidade de sonho. De poucas palavras e de ideias concretas acredita que a vida é pouco preocupante quando o estômago não reclama. Partidário da inércia, entra com frequência em conflito com o vital, embora saiba que não possa viver sem ele. O seu peso tem vindo a ser vigiado.

Vital: energia é a palavra-chave desta personagem. Dinâmica, irreverente e electrizante a figura do vital detesta pequenos espaços e deseja sempre o movimento. Desde a infância o seu comportamento destaca-se pela hiperactividade. Pueril e irrequieta como uma criança, por vezes é dirigida por outros veiculos. O seu maior sonho é praticar o pentatlo (Gr. péntathlon) moderno. O seu maior pesadelo é ser encarcerada numa prisão do médio-oriente.

Emocional: espontânea e divertida a personagem do emocional exterioriza o que sente com facilidade. Atenta aos sinais sociais gosta não só de mostrar uma imagem positiva de si mesma como também ser com frequência o centro das atenções. Apaixonada pelas pequenas coisas da vida é capaz de se alegrar quando um dente-de-leão entra pela manhã em sua casa. Numa altura da sua vida atravessou um processo de depressão, julgando-se como menos capaz em alcançar determinadas exigências profissionais. Nessa altura foi persistentemente invadida por medos de fracasso.

Mente: estratega, racional e cerebral por natureza, esta mente não quer fazer nada sem pensar duas vezes no que diz ou no que faz. Observando muitas vezes o mundo como mais ameaçador do que é, acredita que tem de saber escavar as melhores trincheiras e descobrir as melhores armas de arremesso. Embora tenha um apurado instinto de auto-preservação, também tens excelentes ferramentas de imaginação e de intelecto. Os seus interesses intelectuais são variadíssimos. Ultimamente tem-se dedicado ao estudo da mitologia grega, sendo os seus deuses favoritos Zeus e Apolo.

Alma: a alma apresenta-se usualmente como circunspecta e tem uma tendência para a introspecção. Há quem julgue que a alma pareça uma entidade pouco acessível, no entanto, em certas ocasiões a vida exterior também lhe desperta interesse, provocando intervir em tudo o que pode. Quando é rejeitada recolhe-se e espera pacientemente por se manifestar. No entanto, mesmo nessas alturas não deixa de ser insinuante. Por ter grandes dificuldades em se definir a si própria, usa normalmente um estilo poético e metafórico quando fala de si.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Momento III (proposta1)

Alma: Basta! Tu só me confundes mais e mais… Os teus pensamentos são como ventos inconstantes que arrastam caprichosamente um barco errante pelas águas! Quero explorar horizontes mais extensos, sinto que há outras travessias…

Emocional: Mas que desagradável esta situação… porque estamos tão divididos? Temos lá culpa disso? Eh? Que o mundo seja cruel e injusto? O que podemos fazer mais? Não tem chegado o que fazemos… e o que temos recebido em troca? Somos tão pouco amados… tão pouco reconhecidos…

Alma:
Esperem… Parece que vejo algo por detrás daquela fronteira…

Emocional:
Que loucura! Tu sabes lá o que te espera ali? É lugar sombrio e desolado…para onde vais insensato? Não nos deixes sós e desamparados… o que seremos nós sem ti… o que tu serás sem nós?

Alma: Libertem-me…

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Momento II (proposta1 - revista e ampliada)

(Actualizada dia 22 de Fevereiro)

Mente(Kama Manas): Oh estará apaixonado?!

Emocional (Linga Sharira): Apaixonado! Apaixonado!...

Alma: Não, não creio que seja isso… É outra coisa diferente…

Corpo (Stula Sharira): Não olhes para mim! Não tenho disposição para poesias… xiça dormi tão mal hoje, minhas costas precisam de almofadas mais macias…Quando posso comer algo de jeito? Não tarda vem o almoço… Tenho fome!

Vital (Prana Sharira): Energia! Energia! Precisamos procurar melhor dormida! Energia! Energia! Precisamos encontrar melhor comida!

Emocional: Ai o amor é tão bonito! Quando me sinto apaixonada é como estivesse a subir uma escada de nuvens até chegar ao fim do céu! Depois salto sem medo atravesso uma espuma de estrelas e caio numa formação de aves migratórias que me levam a viajar por mundos desconhecidos!

Vital: Paixão é energia boa…

Mente: Pois está claro! Vamos já montar a melhor estratégia! Sabemos bem como elas gostam dos nossos títulos e benefícios, prantos e encantos! Primeiro levamos os sorrisos, a seguir vêm os versos delirantes e por fim as flores vermelhas! Mas…mas quem é a felizarda desta vez?

Alma: Ninguém… sinto apenas comigo próprio uma insatisfação indefinida, uma experiência vaga de sensações…

Mente: Insatisfação! Tédio! Um sentimento humano: estado de falta de ânimo, enfado, aborrecimento, enfim falta de coisas interessantes para se fazerem… Vejamos… que tal escrever um pouco? Somos letrados brilhantes, editámos dez teses, ganhámos o prémio de melhor romance-filosófico!

Corpo/Vital/Emocional: (palminhas)

Emocional: Sabe tão bem sermos reconhecidos!

Alma: Recebi bocas pródigas em elogios e nenhuma palavra guardo agora para me esclarecer… De que servem os diplomas senão para emoldurar o próprio orgulho?

Corpo: Também não servem para encher a barriga…

Mente: Meu deus… mas porque sentimos agora estas coisas?? A vida é para se ser vivida mais relaxadamente e com satisfação! Fazer aquilo que nos dá mais gozo, explorar os melhores estímulos, viver o momento… já há tantos problemas no mundo! Se formos a complicar tudo… Meus amigos juntem-se a mim: há quanto tempo não dançamos? (um comboio ou uma roda, um tango entre a mente e o emocional…)

Alma: Bravo! Muito bem! (aplaudindo) Mas por que não usarmos todo esse entusiasmo para ajudar também? Já recebemos tanto nesta vida, não devia ser agora a nossa vez de dar mais? Há tanta miséria, tristeza e ignorância onde vivemos…

Vital: Energia para o mundo!

Mente: Mas o que queres fazer? Ir para a barbárie e deixar tudo para trás? Não seremos mais úteis naquilo que fazemos aqui? Repara, as coisas são como são e seguem a sua ordem natural. Cada um com os seus cadilhos. Além disso, há pessoas e instituições que se ocupam com mais eficácia desses problemas.

Momento I (proposta1)

Momento I
(Passando sombras ao fundo…)

(Uma mulher-sombra carregando uma ânfora…)

Alma (Self, Ser, …): Viram? Viram ainda agora? Que forma espantosa… dir-se-ia que era alguém como nós… mas tinha um objecto gracioso e ondulado na cabeça, com duas asas tão simétricas e delicadas!... Oh! Já desapareceu… ultimamente duram tão pouco…

Para onde irão aquelas formas? Desde que nasci esta é a única casa que conheci e debaixo dos meus pés… o único espaço que já pisei. De que serão feitas aquelas formas? Quando me contemplo vejo esta matéria densa e firme… como a rocha deste lugar! (são apresentados os 4 veículos sequencialmente…) Dentro de mim há também um formigueiro, uma força irrequieta que se agita…mas também sinto coisas: umas vezes estou apagado, sem chama, e outras vivo e fulgurante como uma fogueira! E por fim, penso, penso nestas e noutras assuntos… equipara-se a uma voz que fala na minha cabeça...

(Uma roda de sombras brincando…)

Alma: Vejam! Vejam ali! Que alegre configuração! (risos)

Porém… ultimamente tenho sido visitado por uma outra voz: é um murmúrio cujo eco parece mais fundo que esta caverna, depois sinto uma vertigem à beira de um declive infinito e há também um ardor no peito, mas que não queima…

WORKSHOP I

Companheiros:

As possibilidades de Horário para o Workshop (nível 0) são as seguintes:

Sábado: 15h-17h/intervalo/17:30-19:30/jantar/21h-23h

Ou

Sábado: 15h-17h/17:30h-19:30h
Domingo:
10h-13h

Programa a trabalhar:

- Concentração
- Respiração
- "Voz"
- Conhecer o corpo
- Eu e o Outro
- Eu e os Outros
- (...)

Este é um programa de trabalho básico de predisposição teatral (e mais do que isso) que visa não só a um maior conhecimento das potencialidades do corpo, como também a ampliação da coesão e dinâmica do grupo. Posteriormente, se assim o desejarmos, poderemos experimentar os próximos níveis de trabalho mais avançados.

Solicito à malta que deixe aqui a preferencia de horário de modo a chegarmos a um consenso global.

hasta!



É com muito agrado que vejo este projecto a ganhar pernas, dar saltos de vontade e pulos de alegria! A arte é um dos bons intrumentos do mundo sensivel (tas a ver Platão?) para chegar ao ser interior. Embarquemos entao nesta viagem ao Espirito empurrados pelos sopros do teatro e da literatura! Encontrar, desvelar, recordar, dar a conhecer...


Carlos Sofia

sábado, 31 de janeiro de 2009

O Futuro assim o dirá

E os projectos criam-se. Com a boa vontade de quem sonha, planeia, respira, sorri, chora, vive... com a Arte. Esteja Ela em palco ou não.
Este é um desses projectos: um que se vai concretizando a cada passo que se dá no seu sentido.
Que se (des)faça a luz e que as pancadas de Molliére sejam sempre sinal de libertação: do espraiar das asas do espírito, que (afinal) cada um de nós somos.
Vamos sendo, cada vez mais, espírito, voz, corpo, alma, movimento...em cena.
.
Sophia.