terça-feira, 3 de março de 2009

Aprendendo


Os vários gestos, linguagens e formas de falar que usamos diariamente (inadvertidamente) - mesmo os mais subtis- têm lugar de destaque em palco. , são aumentados e promovidos...têm relevo e importância: porque são pura comunicação.

Qual mimos, damos conta de como a cara se comporta na genuinidade e na imitação. (...quando improvisar é imitar-nos a nós mesmos)...
Apercebemo-nos de como é importante dar-se voz a personagens, sem imitar algo que está externo a nós (na nossa imaginação) e a cuja ideia temos de ser fiéis. Mas que está ,sim...bem cá dentro.

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Actuar, mais do que simulação, é expressão...de algo que vamos sentindo, porque simplesmente vamos imaginando que "sim, é real" (não sempre, nem sempre, mas é).
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É encontrar dentro de nós as personagens e deixar que elas saiam, com o instrumento do nosso corpo, da nossa presença.
É saber como os s's, os r's, os x's, as palavras poderão chegar melhor ao ouvido do público.
É dar a conhecer a personagem que passamos a ser, em palco. Apresentar o cenário, o texto, os sentimentos que voam e se criam (de uma forma limpa em cena)...ao público.
Mas também aos outros que partilham o palco connosco.
É fazer magia.

Para que serve aprender-se a improvisar?

A falar? A colocar a voz?

A dar-se com os parceiros de peça, como se todos nós fossemos instrumentos vitais de uma orquestra? A abraçá-los, a vê-los e a senti-los mais próximos?

Para expressar, para crescer...para criar e enlaçar o grupo com fios invisiveis de união, que levem o conjunto (porque o conjunto assim o quer) aonde o sonho aponta.


Ps: "Tagarelaremos" mais vezes juntos, certamente. E que as Saias Cinzentas da Senhorita Sara se mostrem mais por cá...
"Lá vai uma, la vao duas" vezes que o texto foi todo ensaiado, mesmo com as moscas todas que estavam lá ao início. Vamos no bom caminho. E esse? Faz-se caminhando.
Gosto de caminhar convosco.
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Sophia

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